Robson Mailho
Fisioterapeuta
Minha vida profissional, que começou no mercado financeiro, logo se ocupou de me trazer de volta ao sonho da infância: trabalhar na área da saúde.
Não demorou para que a minha inclinação vocacional se fizesse presente e fiz meu primeiro curso técnico na área: enfermagem. Ali pude ter certeza do que eu queria para minha vida profissional, que era cuidar das pessoas, ainda que fosse em situações mais críticas, como o pronto atendimento, por exemplo.
Decidido meu caminho, comecei minha graduação em fisioterapia e em 2005 já estava atuando na área e trilhando minha trajetória. Percebi que como fisioterapeuta eu poderia cuidar da saúde das pessoas, preventivamente, e também tratar questões relativas à qualidade de vida. Gosto de ressaltar que a Fisioterapia tem a ver com o contexto da vida das pessoas – é preciso cuidar das funções corporais o tempo todo, a vida toda.
A rotina de atendimentos me mostrou que a complexidade de um tratamento fisioterapêutico, por vezes, se parece muito com as situações que vivenciei quando estive atuando na enfermagem.
Com os atendimentos aumentando, também cresceram as complexidades dos casos. Foi quando percebi que havia algo além de uma alteração física para ser reabilitada. Essa percepção me motivou a buscar na Auriculoterapia Francesa – uma técnica de acupuntura auricular que vai além dos distúrbios físicos – uma ferramenta complementar para potencializar os resultados dos tratamentos.
A especialização em ‘Fisiologia do Exercício para Doenças Crônicas e no Envelhecimento Humano’, ministrada pelo Hospital das Clínicas, também me trouxe muito entendimento sobre as mudanças ocorridas diariamente no corpo humano e o quanto isso influencia nos aspectos físicos e suas dificuldades.
Outro estudo que tem contribuído com os bons resultados nos meus atendimentos é a Hipnose. Tenho estudado a técnica pela sua possibilidade de descobrir contextos mentais e emocionais que se ‘somatizam’ em questões fisiológicas. Afinal, o emocional está diretamente atrelado ao resultado da fisioterapia.
A cada novo curso ficava mais clara a necessidade de descobrir métodos e ferramentas capazes de potencializar os resultados do meu trabalho a fim de proporcionar qualidade de vida para meus pacientes.
A fisioterapia gerontológica
A minha vocação para atender pacientes da terceira idade aconteceu quase que por acaso. Quando ainda estava terminando o estágio de Fisioterapia, fui indicado para atender o meu primeiro cliente idoso. Aquela experiência foi um desafio e tanto, pois se tratava de uma pessoa que precisava melhorar suas condições de saúde para enfrentar uma cirurgia para colocar uma prótese de joelho. O trabalho foi realizado com excelentes resultados e, após o atendimento bem sucedido, outros clientes vieram por indicação, e continuam vindo. O conhecimento sobre as especificidades desse público foi se somando entre prática e teoria.
A bagagem de anos de atendimento e estudos contínuos me trouxe a convicção de que mobilidade e a autonomia atuam diretamente na saúde emocional, promovem melhor contexto social, desenvolvem e mantêm a competência física, emocional e mental para que o idoso possa tirar o melhor proveito do seu corpo pelo maior tempo de vida possível.
Atualmente, realizo atendimentos de fisioterapia para reabilitação pré e pós-operatória, ortopédica e geriatrica.