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Também chamado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), o autismo é uma condição psíquica que afeta diretamente a comunicação social e o comportamento de seus portadores. A dificuldade de se comunicar, de socializar com outras pessoas e movimentos repetitivos são alguns dos sintomas dessa condição.
Seu surgimento ocorre bem cedo, entre 1 ano e meio e 3 anos de idade, porém, os sinais iniciais podem aparecer logo nos primeiros meses de vida. Dados apontam que o sexo masculino tem maior predisposição genética para desenvolver a condição, pois o autismo é de duas a quatro vezes mais frequente em meninos do que em meninas
Dependendo do grau da doença, ela pode ser até mesmo imperceptível e a pessoa levar uma vida normal. Enquanto outros portadores convivem com doenças e condições mais severas associadas ao autismo, como a epilepsia e a deficiência intelectual, por exemplo. Por conta dessa imensidão de possibilidades, a condição recebe o nome de espectro do autismo.
Apesar de ainda ser considerado um tabu para muitas pessoas, o autismo atinge muito mais indivíduos do que se imagina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças apresenta o transtorno.
Causas do autismo
Muito se questiona quais são as causas que levam ao autismo e os fatores genéticos são a principal resposta para isso. Segundo estudo publicado na JAMA Psychiatry em 2019, os fatores genéticos são os mais relevantes em relação às causas da condição (em média 97% e 99% das causas analisadas, sendo 81% hereditário).
Outros fatores também são apontados como possíveis causas, como os ambientais – poluição corroborando para o desenvolvimento do distúrbio – e algumas infecções – como a rubéola – durante o período gestacional. Essas hipóteses ainda não foram comprovadas, por isso, os especialistas ainda consideram o fato genético predominante quando falamos sobre as causas do autismo.
Principais sinais e sintomas
Os sintomas de um indivíduo com autismo podem começar a aparecer logo nos primeiros meses de vida e, dependendo do grau da doença, serem bastante perceptíveis pelos pais ou responsáveis.
Dentro os primeiros sinais, a falta de contato visual do bebê para com a sua mãe, principalmente durante a amamentação, é um deles. O choro incessante e ininterrupto também ocorre, gerando um alerta.
Quando a criança já está um pouco mais crescida, a inquietação combinada com a pouca frequência de fala (apenas repetindo palavras que lhe foram ditas) reforçam os sintomas. Além disso, a criança pode apresentar surdez aparente.
Os movimentos repetitivos e geralmente pendulares das mãos, do tronco e da cabeça também são comuns, e em momentos de estresse a ansiedade e a decorrente agressividade podem surgir.
Em casos mais leves da doença, a falta de sintomas aparentes acaba atrasando o diagnóstico. A pessoa não apresenta dificuldades em se comunicar, movimentos repetitivos e nenhum outro sintoma descrito acima. Por outro lado, algumas até apresentam um alto desempenho em alguma habilidade, como pintar, praticar um esporte, fazer contas matemáticas, entre outras.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do autismo é clínico. O médico especializado considera o histórico do paciente, seus sintomas e os relatos dos pais ou responsáveis. O profissional deve sempre seguir os critérios presentes no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ou pela Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde. Ainda não existem na medicina tradicional aparelhos ou exames que detectem a condição.
Já o tratamento prescrito irá ocorrer de acordo com o grau diagnosticado do autismo. A doença não tem cura, porém, em casos mais graves, em que ocorre agressividade e dificuldades muito aparentes de convivência, são prescritos remédios específicos.
O recomendado é investir em um tratamento multidisciplinar, ou seja, com o auxílio de diversos profissionais para a promoção de um bem-estar mais amplificado do paciente. Médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos, entre outros profissionais podem integrar o tratamento.
Algumas terapias complementares ou também chamadas de terapias integrativas são indicadas para amenizar os sintomas do autismo. Quer saber quais são? Confira aqui!
Autor
Redação Soham