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O uso da impostação das mãos sobre pessoas acamadas é milenar. Os povos antigos tinham por intuição a prática de impor as mãos de maneira terapêutica, tendo em vista principalmente a premissa de que o tato é o primeiro sentido aflorado em nós quando nascemos.
Um recém-nascido toca sua mãe logo que sai do ventre, a fim de garantir a sua sobrevivência. A partir disso, começa a descobrir o mundo.
Por isso é muito comum que ao sentirmos uma dor ou um desconforto, colocarmos a mão sobre o local afetado, a fim de se proteger e amenizar a dor. A mão está diretamente relacionada à autoproteção e ao autocuidado e isso se estende à atenção para com o outro.
As mãos receberam desde a antiguidade o poder de curar e amenizar dores de diversos tipos. Os egípcios usavam esse método bem antes de Cristo, e outras diversas técnicas orientais também aceitam a imposição de mãos sobre o outro para efeitos curativos.
A prática se espalhou em diversas religiões, como as populares brasileiras que estendem as mãos há mais de quatro séculos. No Novo Testamento, existem muitos registros de milagres realizados pela imposição das mãos sobre os enfermos, como é o caso do cego que volta a enxergar.
Já no espiritismo, o uso das mãos ocorre no chamado ‘passe’ – uma manobra voltada para transferir a energia vital para a pessoa que está recebendo o passe. Essa energia é considerada terapêutica, já que a doutrina espírita crê que as doenças físicas são oriundas de doenças da alma, afinal não somos somente carne e osso, mas também energia.
Estender as mãos sobre uma pessoa é comum no johrei messiânico, também com a finalidade de abençoar, purificar o espírito ou fazer fluir a energia vital.
Práticas integrativas como Reiki são muito conhecidas e buscadas por trabalhar com a impostação das mãos. Os terapeutas transmitem amor através das mãos, com toques suaves em pontos específicos do paciente capazes de ativar os quatro corpos: físico, mental, emocional e espiritual.
Estudos Científicos
A eficácia da impostação ou imposição das mãos é comprovada em artigos e trabalhos científicos que atestam que essa é uma técnica complementar capaz de tratar doenças sérias como o câncer, por exemplo, promovendo melhorias significativas no quadro dos pacientes. Inclusive, o Reiki já é uma técnica utilizada em alguns hospitais, na medicina integrativa.
No Brasil, a imposição das mãos também passou a integrar o rol de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que a energia liberada pelas mãos humanas têm o poder de curar qualquer enfermidade e mal-estar, quando dirigida para determinada doença.
O trabalho foi elaborado com base na aplicação já conhecida da técnica no caso do Johrei e no Espiritismo. O cientista Dr. Ricardo Monezi, responsável pela pesquisa, afirma que o interesse pelo estudo surgiu de uma experiência individual, em que o Reiki lhe ajudou a sair da depressão.
Durante seu mestrado foram investigados os efeitos da imposição das mãos em camundongos, o que resultou em um ganho de potencial das células de defesa contra as células doentes.
As sensações proporcionadas e analisadas pelo estudioso foram: redução da tensão, do estresse e de sintomas de ansiedade e depressão. Isso ocorre porque a imposição das mãos oferece uma sensação de relaxamento, garantindo mais energia e força para quem as recebe. Obviamente, a intenção e poder de cada indivíduo, faz toda a diferença nesse resultado.
Se você gostou desse artigo e busca conhecer mais essas técnicas que utilizam as mãos como ferramenta de cura, procure um especialista em práticas complementares e aproveite!
Autor
Clelia Queiroz Gadelha