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Como forma de prevenir e retardar o surgimento dos sintomas do Mal de Alzheimer, as terapias integrativas têm se mostrado bastante eficazes. Confira as terapias mais indicadas!
O Mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crônica e a forma mais comum de demência. Ela começa se manifestando lentamente, provocando o seu principal sintoma: a perda da memória.
No começo, o indivíduo se esquece de acontecimentos recentes, o que vai se intensificando com o passar dos anos, chegando ao ponto de não se lembrar de seus entes queridos e de sua vida passada.
Com o avanço da doença, a pessoa vai perdendo as suas funções intelectuais, reduzindo o desempenho em todas as suas funções diárias e até mesmo em sua personalidade. Mudanças de comportamento e a resistência em ser ajudado são consequências comuns do Alzheimer.
A doença incide mais em pessoas com mais de 60 anos, que começam a apresentar problemas neurológicos por conta do envelhecimento.
Entretanto, pessoas mais jovens também podem desenvolver o quadro, chamado de Alzheimer precoce. São mais de 15 milhões de pessoas ao redor do mundo com Alzheimer, o que demonstra uma incidência muito grande da doença.
Apesar de a genética representar 70% das causas da doença, além da depressão, traumatismo craniano, obesidade, morosidade, vícios como fumo, entre outras, o Parkinson também pode ser psicossomático. Ou seja, ser resultado de desordens e incômodos psicológicos, emocionais e até mesmo espirituais que se somatizam e resultam em problemas físicos.
Por conta disso, a busca por um tratamento eficaz ainda é uma incógnita. Segundo a medicina tradicional, essa é uma doença ainda considerada incurável, apesar de haver remédios específicos para ela, a fim de retardar um pouco o progresso da mesma e possibilitar o funcionamento das partes afetadas do cérebro por mais tempo.
Como uma forma de prevenir e de retardar o surgimento dos sintomas mais severos, as terapias integrativas têm se mostrado bastante eficazes. Separamos algumas indicações de terapias. Confira:
Yoga
Essa é uma terapia benéfica para todo o nosso corpo, olhando e cuidando de maneira holística, ou seja, o nosso ser como um todo. O yoga trabalha o equilíbrio da tríade corpo, mente e emoções, e por ser uma doença psicossomática, o Alzheimer pode ter seus efeitos amenizados com a prática.
No ano de 2019, o American Journal of Geriatric Psychiatry publicou um artigo científico que descreve o trabalho de pesquisadores que revisaram a literatura sobre o tema a fim de avaliar o impacto da prática do yoga em pessoas com demência e MCI.
Foram identificados oito estudos que confirmavam que o yoga era potencialmente uma intervenção primária em pessoas com esse problema. Os resultados das pesquisas sugerem que a prática do yoga pode ter efeitos muito positivos no funcionamento cognitivo, mais especificamente na atenção e na memória verbal.
Outro ponto interessante é que o yoga também pode melhorar o sono, o humor e a conectividade neural, afetando assim o funcionamento cognitivo. Esses efeitos são nítidos em qualquer praticante de yoga, pois sente-se mais flexível, dorme melhor, fica menos estressado e ainda controla o seu peso.
A mente também pode ser muito trabalhada, já que proporciona maior calma e relaxamento no momento da meditação, potencializando assim todos os nossos neurônios e, consequentemente, as memórias e acesso ao nosso Eu Superior.
A prática de Mindfulness também é muito utilizada, principalmente em países como Estados Unidos e os da Europa, a fim de tentar amenizar ou até mesmo reverter o quadro na medida do possível. Aqui no Brasil, é uma terapia ainda em descobrimento, mas que já vem ganhando espaço em muitas clínicas de terapias integrativas.
Para quem ainda não conhece, o Mindfulness consiste na atenção plena, levando o indivíduo para um estado mental caracterizado pela autorregulação da atenção para o tempo presente. Dessa forma, a pessoa passa a olhar mais para si e para o agora, e deixa de sofrer por momentos passados e pela ansiedade do futuro. Por também trabalhar com a tríade, é uma prática muito benéfica para o tratamento de diversas doenças.
Apesar de ainda tímidas em nosso país, novas pesquisas realizadas sobre a terapia, levam a crer que a mesma pode ser usada no tratamento de doenças como Alzheimer, diabetes e câncer de mama.
Já nos Estados Unidos, é possível concretizar ainda mais essa crença com resultados eficazes. O Alzheimer se destaca como uma das doenças que apresentam melhores benefícios com o Mindfulness.
Em 2018, um estudo publicado na National Library of Medicine investigou a relação entre Mindfulness em pessoas com doença de Alzheimer (DA), demência, comprometimento cognitivo leve e declínio cognitivo subjetivo.
A meditação e o Mindfulness se mostraram potenciais redutores do estresse e da ansiedade, melhorando assim a cognição e, por sua vez, alguns sintomas da demência.
Os efeitos do Reiki são notáveis em muitas áreas da saúde o que justifica seu uso até mesmo dentro de hospitais. Para o Alzheimer, a sua contribuição também tem se mostrado eficaz. Os praticantes usam a imposição de mãos a fim de transferir “energia vital universal” para o indivíduo com fins curativos.
Um estudo empírico foi realizado pela gerontologista, Teresa Silva Johnson, para investigar a eficiência do Reiki para melhorar as deficiências neurológicas e o comprometimento cognitivo provocado pelo Mal de Alzheimer.
O mesmo demonstrou que os tratamentos de Reiki podem, sim, serem eficazes para amenizar alguns sintomas típicos da doença e que dificultam o tratamento e a convivência com a pessoa doente.
Os efeitos começaram a surgir com sessões que duravam entre 10 e 20 minutos, e que eram realizadas em situações específicas e conforme a necessidade.
Por exemplo, na hora das refeições, a fim de facilitar a alimentação e ajudar os profissionais das clínicas nessa tarefa. O resultado foi um maior relaxamento e flexibilidade dos pacientes para esses cuidados.
Outros cuidados diários também foram facilitados, já que é comum a resistência perante a isso. Eles passaram a colaborar para tomar banho, vestir-se e praticar atividades terapêuticas.
Embora a doença continuasse a progredir, como já era esperado, os pacientes passaram a conviver muito menos com sintomas perturbadores da doença, como ansiedade, agitação, desconforto físico, dores, paranoias etc.
Sabemos que o Mal de Alzheimer pode provocar alguns sintomas mais severos com o passar do tempo, como sentimentos de raiva, angústia, ansiedade, depressão e insônia.
Para aliviar um pouco esse estado emocional, a aromaterapia tem se mostrado muito positiva. Segundo estudos, os óleos essenciais atuam na inibição das enzimas AChE e BChE, que são responsáveis por degradar acetilcolina, neurotransmissor envolvido na cognição, memória e aprendizagem.
Os óleos essenciais puros também têm o poder de ajudar a combater sentimentos perturbadores e negativos, deixando o indivíduo mais tranquilo, sereno e equilibrado, com isso, é possível evitar as crises de estresse dos pacientes de Alzheimer.
A aplicação dos óleos essenciais podem ser feitas por meio de massagens, compressas, banhos e loções. Entre os que ajudam no atenuar das emoções, indicamos: ylang-ylang, alecrim, bergamota, gerânio, laranja, grapefruit, manjerona e lavanda.
Você sabia que o Mal de Alzheimer também pode ser psicossomático? Leia em nosso site.
Autor
Redação Soham