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O modo como ela é abordada nesses ambientes, acaba por descredibilizar sua real função: terapêutica.
Também conhecida como hipnoseterapia, é na verdade um processo terapêutico em que o hipnólogo se utiliza da prática de hipnose como canal de comunicação direta com o subconsciente do indivíduo.
O uso da hipnose é reconhecido e recomendado pelo Conselho Federal de Medicina e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). É utilizada no mundo inteiro como terapia complementar e empregada por profissionais de diversas áreas da saúde.
A palavra “hipnose” vem do grego hypnos, que pode ser traduzido como sono. Apesar disso, o ato de estar hipnotizado não significa que a pessoa esteja dormindo ou em estado de sono.
Através de mecanismos verbais e não verbais (como o uso do pêndulo), o indivíduo é induzido a entrar em um estado de consciência denominado “transe”.
Nesse estado, a pessoa é levada pelo terapeuta a acessar memórias internas que estavam inacessíveis em seu subconsciente.
Tais memórias, que podem ser negativas, geralmente são as propulsoras para o surgimento de problemas emocionais, psicológicos e até mesmo físicos.
Por proporcionar um estado de relaxamento profundo do indivíduo, ele acaba ficando mais suscetível e “aberto” às influências externas.
A partir disso, o hipnólogo envia sugestões em diferentes formatos de maneira direta ou por meio de metáforas ao subconsciente do paciente, realizando rapidamente mudanças e transformações internas positivas.
Consequentemente, promove a renovação da mente, o equilíbrio emocional e o bem-estar do indivíduo com eficiência e segurança.
Todo o processo está relacionado com a neurologia. O nosso sistema límbico é uma região do cérebro ligada ao emocional, responsável por nossa imaginação. Já o senso crítico é a função da mente que coloca o indivíduo em noção com o mundo real e com o tempo.
Quando o paciente entra no estado de transe, esse senso crítico é adormecido, permitindo que o indivíduo vivencie a experiência imaginária e emocional como se todos os fatos estivessem acontecendo agora.
Uma experiência negativa que gerou um trauma na infância, por exemplo, fica armazenada e registrada em nosso inconsciente, fazendo com que se quer lembremos dela.
Com a hipnose, é possível fazer a pessoa regredir, lembrar e até mesmo reviver em sua mente aquela situação sem a intervenção do senso crítico.
Dessa forma, evoca-se as emoções entorno desse episódio traumático para, assim, tratar esses traumas.
A técnica é totalmente natural, já que não lança mão de medicamentos, por isso é recomendada para qualquer pessoa. Porém, segundo hipnoterapeutas algumas pessoas têm uma genética mais favorável para a prática.
As mais sugestionáveis à hipnose e seus efeitos têm uma característica mental diferenciada, por conta de uma “expressão genética” relacionada a genes que corroboram para experiências que mexem com o imaginário.
Pessoas com o viés artístico mais aflorado, por exemplo, têm uma capacidade de absorção maior dessas experiências, como é o caso da hipnose. Sendo assim, são mais hipnotizáveis do que as pessoas mais racionais.
Diversos estudos e artigos científicos abordam a eficiência da hipnose no tratamento de diversas doenças e distúrbios. Na maioria dos casos, as doenças são psicológicas e os distúrbios relacionados à mente e emoções.
Ela é indicada para o tratamento da ansiedade, depressão, síndrome do pânico, fobias, estresse pós-traumático, tiques, compulsões, tabagismo, dificuldade de aprendizagem, transtornos do sono, baixa autoestima, falta de concentração etc.
Também é aplicada no tratamento clínico, como: cardiologia, controle da hipertensão, ginecologia, obstetrícia, acompanhamento pré-natal, preparação do paciente antes e depois de cirurgias (tanto no aspeto emocional como na recuperação); odontologia como apoio para quem tem traumas e fobias, entre outras aplicações.
É usada também na fisioterapia para controlar e diminuir a sensação de dor dos pacientes com lesões, facilitando os movimentos e a recuperação. Já na fonoaudiologia pode ajudar a tratar a gagueira.
Mesmo que o indivíduo não apresente nenhum distúrbio ou patologia específica como essas, a hipnose também pode ajudar quem deseja mudar a sua maneira de agir, a fim de melhorar os seus relacionamentos, desempenhos sociais e profissionais.
Candidatos que serão submetidos a provas e concursos, e até mesmo atletas utilizam da prática para terem um melhor desempenho psicológico em seus testes.
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Autor
Redação Soham