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O Mal de Parkinson, segundo a medicina tradicional, ainda é uma doença sem cura, por isso, assusta a tantas pessoas. Porém, existem diversos e positivos tratamentos baseados em medicamentos alopáticos que ajudam a reduzir a intensidade dos sintomas e melhorar consideravelmente a qualidade de vida do portador.
Apesar de o tratamento da medicina tradicional ser o mais recorrido e prescrito, muitos médicos e especialistas prezam pelo método multidisciplinar, ou seja, investem em diferente abordagens terapêuticas com o intuito de encontrar e sanar a causa raiz das doenças, tratando o indivíduo holisticamente (como um todo).
Em nosso artigo anterior sobre o mesmo tema, vimos que essa é uma das doenças consideradas psicossomáticas, já que cientistas e médicos acreditam que a principal causa do Mal de Parkinson está relacionada às alterações emocionais do organismo, ou seja, uma dor emocional que se reflete em sintomas físicos.
Por conta disso, o olhar para a tríade – mente, corpo e emoções – deve ser sempre trabalhado, a fim de garantir uma real melhora do paciente. Nesse caso, diversas terapias integrativas podem ser utilizadas a fim de amenizar os sintomas da doença, e que muitas vezes são indicadas pelo próprio médico.
Entre as terapias mais indicadas para a pessoa com Mal de Parkinson, destacamos o Yoga, acupuntura, aromaterapia e fitoterapia.
Estes tratamentos são baseados em técnicas que existem há centenas de anos e que até hoje se mostram muito eficazes para nós, principalmente em termos de relaxamento, redução do estresse e depressão – sintomas típicos e decorrentes de quem porta distúrbios do sistema nervoso.
Yoga
O yoga é uma prática capaz de harmonizar o corpo, mente e espírito a fim de alcançar a saúde e paz interior. Também é um poderoso redutor da rigidez muscular, promovendo mais flexibilidade, resistência e equilíbrio ao corpo (condições que precisam ser trabalhadas no paciente com Mal de Parkinson).
Além disso, oferece estabilidade emocional aos praticantes, conferindo sensação de calma, tranquilidade e forças para superar sintomas da doença. Por ter justamente essa abordagem holística para o corpo, mente e espírito,ela é muito indicada para pessoas com a doença.
Acupuntura
A acupuntura é uma técnica terapêutica da medicina tradicional chinesa (MTC), que utiliza do estímulo de pontos específicos sobre a pele através de agulhas bem finas de aço inoxidável. Esses estímulos quando realizados em pontos certos, seguindo o mapa corporal da MTC, são capazes de causar respostas biológicas muito eficazes para tratar diversos desconfortos.
Vale ressaltar que a acupuntura trata padrões de desarmonias energéticas e não doenças específicas, porém, acaba surtindo efeitos positivos para o nosso bem-estar. A acupuntura tem os seguintes benefícios no tratamento do Mal de Parkinson:
Melhora as funções motoras (tremor e rigidez);
Melhora os sintomas não motores (estresse, humor, sono, apetite);
Reduz a necessidade de medicação e minimiza os efeitos colaterais;
Aumenta os níveis de dopamina, retardando a progressão da doença.
Potencializa os sistemas antioxidantes.
Aromaterapia
Aromaterapia é uma prática milenar que utiliza das essências de plantas aromáticas, extraídas e transformadas em óleos essenciais.O uso consciente e direcionado dos óleos é capaz de melhorar o bem-estar físico, psicológico e emocional das pessoas, por isso, é indicado para o tratamento de diversas doenças, como o Parkinson, por exemplo.
Esses óleos essenciais são extraídos de raízes, troncos, folhas, flores e sementes de plantas aromáticas, e podem ser usados de diferentes maneiras: através da pele, usando massagem ou simples aplicação sobre a pele; no ambiente ou por inalação.
Apesar de ser muito indicada para diversas doenças, essa é uma terapia muito voltada para as características pessoais de cada um. Ou seja, a recomendação do óleo certo para cada paciente, vai depender de uma série de fatores pessoais, como fatores psicológicos, medicamentos alopáticos ou outros tratamentos que realiza, alergias etc.
Dentre os benefícios físicos que os óleos essenciais podem trazer para as pessoas com Parkinson destacamos a melhoria de dores em geral, na rigidez muscular, constipação e má circulação sanguínea. Já no âmbito mental e emocional, pode reduzir os sinais de depressão, ansiedade, angústia e insônia.
Os óleos essenciais são extremamente poderosos e devem ser usados com cuidado, na dosagem certa, por isso sempre procure sempre um aconselhamento profissional.
Fitoterapia
Essa também é uma terapia complementar que se utiliza dos benefícios das plantas para o tratamento de desconfortos físicos, psicológicos e emocionais. Também conhecida como medicina de ervas, a mesma utiliza plantas ou extratos de plantas para tratar e até mesmo prevenir doenças.
Como a maioria das outras terapias complementares, a fitoterapia tem uma abordagem holística. Há autores que têm descrito a utilidade de recorrer a esta alternativa com o fim de complementar a terapêutica farmacológica usada para amenizar os sinais da doença.
Estudos apontam que Ginkgo biloba possui efeitos antioxidantes capazes de identificar a progressão da doença. Outros antioxidantes naturais que também podem auxiliar no tratamento da doença são: uva, chá verde, flavonóides contidos no cacau (chocolate), ginseng etc.
É importante ressaltar que o médico sempre deve estar ciente do uso de qualquer medicamento e que um terapeuta deve ser sempre consultado.
Autor
Redação Soham