Terapias
Definida em termos médicos como “a manipulação sistemática e precisa dos tecidos moles do corpo” ou, em termos mais simples, como “a aplicação de pressão ou amassamento sobre partes do corpo”, a massagem é considerada por muitos um catalisador necessário para o restabelecimento e a manutenção do equilíbrio de modo a promover o bem-estar físico, emocional e espiritual.
A massagem é uma das maneiras mais fáceis de alcançar e manter uma boa saúde é algo que todos nós fazemos naturalmente. É um instinto natural, ou melhor, é inato em nós. É um dos métodos naturais de cura mais antigos da humanidade.
Você já deu uma topada no canto de um móvel e imediatamente você friccionou o local com as mãos, sentiu um alívio imediato? Então; todos nós usamos a massagem intuitivamente para aliviar nossas dores.
Dores de cabeça, tensão, estresse, insônia, pernas cansadas podem ser aliviadas com um simples instrumento – nossas mãos!
A massagem provavelmente vem tão longe na história quanto à existência do homem. É algo que todos nós fazemos instintivamente: macacos cuidando uns dos outros, animais lambendo suas feridas e homens esfregando uma articulação dolorida estão usando massagem. É provavelmente a mais antiga forma de tratamento médico, e tem sido usada ao longo da história por todas as culturas.
Ela foi chamada anatripsis pelo médico grego, Hipócrates, e referido como tripsis, atrito, manipulação, esfregando por outros escritores. O uso da palavra massagem é relativamente novo, e provavelmente deriva da palavra árabe “masah”, que significa acariciar com as mãos.
Manuscritos Chineses, Indianos e Egípcios antigos referem-se ao uso de massagens para prevenir e curar doenças e para curar ferimentos. A primeira menção de massagem aparece em um livro chinês datado de 2700 AC. Na literatura Grega e Romana antiga também existem numerosas referências à massagem, sendo os *atenienses os mais adiantados, pois estabeleceram em sua cultura as ciências como filosofia, escultura, cultura física e massagem, práticas essas aprendidas dos povos orientais.
Desde o surgimento da prática da massagem, muitos séculos se passaram. Passou-se pela Idade Média, pela Era Contemporânea e entre os anos de 1776 e 1862, um professor sueco de Artes Bélicas e Mestre de Armas, Peer Henrik Ling (com 32 anos), que era considerado o melhor espadachim do mundo, durante um duelo *florete teve seu braço atingido no músculo longo (supinador), que dá movimento ao punho. A atrofia deste músculo desenvolve-se de forma progressiva, havendo a necessidade de se cortar a mão para evitar-se esse desenrolar.
Nesta época, havia em Paris um cirurgião, Dr. Ambroise Parré, que convidou Peer Henrik Ling para ir a Paris e ser operado por ele, conseguindo com isso 80% de sucesso. Ling, não conformado, na tentativa de cura total se valeu da massagem e da ginástica, e após três anos estava não só curado, mas havia criado um sistema com bases científicas de terapia *cinesiológica e massageamento.
Levando desde então o *método o seu nome, que também ficou conhecido em todo mundo como Sistema Sueco de Massagem, Ling foi muito procurado e alcançou vários êxitos no tratamento de pessoas portadoras de lesões. Este fato levou o seu sistema de massagem a ser conhecido respeitado e ensinado em todos os centros da Europa, tornando-se uma ciência paramédica.
No final do século XIX, a massagem era um tratamento médico popular, e foi frequentemente usada por eminentes cirurgiões, cardiologistas e médicos, que faziam a massagem ou treinavam pessoas (homens e mulheres). Mas “casas de má fama” também usavam a palavra “massagem” como um manto para suas atividades, e assim, em Londres, em 1894, oito mulheres profissionais se uniram para formar a Sociedade de Massagistas Treinados.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a massagem foi amplamente utilizada no tratamento de lesões nervosas e trauma pós-guerra.
Isso é um pouco da história da Massagem Sueca que, ao longo do tempo, foi sendo difundida pelos quatro cantos do mundo. O profissional de Massagem Sueca deve ter excelente coordenação motora, agilidade manual, noções de força, distância e velocidade. É necessário exercitar as mãos para torná-las firmes e fortes, resistentes e quentes, pois a pessoa que vai receber a massagem precisa sentir que está entrando em contato com a vitalidade, a saúde e o equilíbrio.
Manter essa vitalidade recebida implica, por parte do paciente, em ter uma alimentação saudável, dormir o necessário para o repouso corpo-mente, praticar um esporte ou fazer caminhadas e não cometer excessos de qualquer espécie.
Todo esse trabalho traz como resultado uma total presença no corpo, uma atenção plena de todas as situações ocorridas no dia a dia e uma facilidade de encontrar através do seu equilíbrio as respostas, as soluções dos problemas e a cura das dificuldades da qual nos vemos cotidianamente envolvidos.
O contato com a vitalidade nos deixa mais alegres, felizes, abre nossa visão para tudo que pode nos dar prazer na vida, faz com que possamos perceber nossos “pré-conceitos” ligados aos comportamentos sociais, mentais, emocionais e físicos, nos mantendo prisioneiros a esses conceitos e assim trazendo a doença para nossa vida.
Na atualidade, onde na área da saúde a palavra em voga é “prevenção”, essa prática é uma das formas de afastar o desequilíbrio e a doença. É importante que façamos a opção pela saúde e que nos envolvamos com essa opção.
Sobre a pele: age mecanicamente, removendo a camada epitelial superficial, aumentando a sensibilidade e a circulação periférica, fazendo a renovação celular cutânea.
Sobre o tecido celular subcutâneo: este situa-se na camada mais profunda da pele, sendo rico em vasos sanguíneos e linfáticos. A massagem tem a possibilidade de aumentar a absorção e eliminação de gordura, através dos movimentos, reduzindo-a em glóbulos finos, pequenos, absorvíveis.
Sobre a circulação sanguínea e linfática: como trabalhamos em direção centrípeta (na direção do coração), a massagem determina uma troca celular entre a corrente sanguínea e os tecidos, melhorando todo o metabolismo e promovendo uma vasodilatação periférica.
Sobre os músculos: as técnicas manuais de massagem relaxam e desintoxicam a musculatura. Com a atuação da circulação, há a eliminação do ácido lático, responsável pela fadiga muscular.
Sobre o Sistema Nervoso: a massagem energética traz efeito estimulante e a suave traz um efeito calmante.
Melhora a circulação sanguínea e linfática, elimina tensões musculares, atua no Sistema Nervoso, causando relaxamento e combatendo o stress, alivia dores de coluna, ciática, combate a fadiga e promove a manutenção da saúde, reduzindo o risco de adquirir-se doenças.
A massagem pode ser preventiva ou corretiva. O ideal sempre será a massagem “preventiva”. Quando sentimos algum “mal”, dor ou “desconforto” físico persistentes, por que esperar piorarmos para procurarmos algum tipo de tratamento?
Muitas pessoas acham que somente deve-se receber massagem quando estão sentindo algum desconforto (dores nas costas, nas pernas, tensão, outros); entretanto vale ressaltar que uma sessão de massagem fará com que a pessoa, mesmo que ela não esteja sofrendo de nada, sinta-se mais disposta e saudável para enfrentar seu dia-a-dia.
Assim como existem benefícios, também há contra-indicações na aplicação da massagem, que não deve ser aplicada nos seguintes casos:
A massagem nestes casos poderá ser prejudicial. Por exemplo: se uma região do corpo estiver inflamada e sobre ela for aplicada massagem, a inflamação irá piorar. Exemplo 2: uma manobra de quiropraxia (é a técnica de manipulação das articulações) numa região do corpo que esteja sofrendo de osteoporose poderá causar uma fratura. Exemplo 3: quando uma pessoa sofrer uma contusão ou queda de certa gravidade e sentir fortes dores, o correto é procurar um médico ortopedista para a avaliação pessoal do profissional e por exames médicos (radiografia, e outros), pois se houver uma fratura, a massagem será contra indicada.
“A medicina Oriental não é melhor que a medicina Ocidental, ou vice-versa. Seus enfoques são diferentes. Cada uma tem suas limitações como também seus recursos valiosos. Devemos conhecê-los para podermos utilizá-los com inteligência, procurando sempre a terapia mais indicada para cada caso em particular. Qualquer forma de radicalização reflete certa estreiteza mental. Idéias pré-concebidas e rígidas podem trazer conflitos internos e sofrimentos desnecessários à pessoa enferma”.
Ao observarmos que hoje em dia a medicina alopática do Brasil e Ocidente, vem pesquisando e adotando certas terapias milenares da medicina Oriental, como a Acupuntura por exemplo, do mesmo modo que a medicina Oriental incorporou práticas médicas ocidentais nos séculos XIX e XX.
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Autor
Samanta Oliveira