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A Aromaterapia está passando por um momento muito especial em todos os países, principalmente no Brasil, com a chegada de várias marcas internacionais e as já existentes aqui que há muitos anos vêm oferecendo os óleos para uso nas diferentes maneiras, tanto na linha da aromaterapia, como para servir de matéria-prima para a fabricação de produtos cosméticos.
Muitos óleos são usados como spray ambiental para cuidar de casas e escritórios. Os óleos essenciais até podem ser usados em um marketing olfativo, desde que o objetivo seja o cuidado e não somente a aromatização ambiental.
Os óleos essenciais têm características muito particulares: cada óleo provém de uma cadeia química bastante complexa que confere a eles propriedades terapêuticas próprias.
As milhares de moléculas aromáticas que existem em cada óleo carregam uma ação sinérgica que confere suas características. Temos óleos estimulantes, refrescantes, aquecedores, antissépticos e com muitas outras funções.
Dependendo da sua cadeia química, estarão presentes essas entre outras propriedades que podem – e deve – ser utilizadas para o bem-estar do ser humano.
A Aromaterapia visa a compreensão de todos esses critérios de qualidade dos óleos essenciais. A química do óleo essencial deve estar completa e ser natural, sem a mão do homem para transformar seu aroma, por exemplo. E caso isso ocorra, esse óleo essencial não vai mais servir como terapêutico, mas sim como item de perfumaria.
Por trás da química está ainda a colheita, o modo de cultivo, a escolha das plantas, sua procedência, local de origem e todo o processo de desenvolvimento da planta, desde o solo até o momento da colheita e obtenção do óleo essencial.
A partir de todos esses processos é feita uma análise para verificar a qualidade do óleo essencial e o quimiotipo do mesmo. Não basta conhecer apenas o padrão do óleo como um todo, é preciso observar os quimiotipos que são uma diferente composição química capaz de oferecer outras propriedades e funções, como é o caso do óleo de alecrim, tomilho, lavanda etc.
Toda essa abordagem prévia serve para afirmar que não existe um óleo que sirva da mesma maneira para todas as pessoas. Os óleos são diferentes entre si, assim como nós seres humanos temos nossas individualidades e particularidades.
Apesar de serem 100% puros e naturais, os óleos podem nos fazer mal se não forem seguidas as formas corretas de uso, as limitações de dosagem e, principalmente, se não for avaliado quem está usando o óleo e para qual finalidade.
Os óleos essenciais não são um medicamento e não devem ser usados como tal. Eles são compostos químicos naturais que podem auxiliar em todos os tipos de tratamentos de maneira complementar, já que ele vai atuar através do nosso campo emocional, energético e mental, refletindo no corpo físico.
O ser humano, assim com o óleo essencial, carrega características diferentes, as pessoas são individualizadas e por isso há a necessidade de termos um conhecimento do indivíduo que está ali precisando de um tratamento.
Por isso, não é correto usar o termo: “qual óleo essencial é bom para…”, como dor de cabeça, sinusite, câncer, cabelo, pele, entre outras finalidades, mas sim “qual óleo é bom para esta pessoa” que está com sinusite, por exemplo.
Cada um vai ter necessidades diferentes, mesmo que apresente a mesma patologia. Claro que temos um roteiro dos óleos essenciais, que são cadastrados e comprovados cientificamente para prescrição.
Sabemos que o alecrim, por exemplo, é um óleo bom para unhas e cabelos, mas ele tem quimiotipos diferentes. A pessoa com pressão alta, talvez não possa usar esse óleo ou precise usar uma dosagem muito baixa.
Quem vai decidir isso é o aromaterapeuta que deve sempre agir com responsabilidade, bom senso e conhecimento!
Autor
Sandra Agrizzi