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Somatização das emoções em aspectos mentais.
É uma ciência interdisciplinar que envolve diversas especialidades da medicina e da psicologia para estudar os efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar das pessoas.
O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho, como “uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de saúde. É um campo de pesquisas sobre esses fatos e, ao mesmo tempo, a prática de uma medicina integral”.
Na visão dos profissionais de saúde, que compreendem o ser humano de forma integral, percebe-se que não existe separação ideal entre mente e corpo que transitam nos contextos sociais, familiares, profissionais e relacionais
O termo ‘medicina psicossomática’ começou a ser utilizado nas primeiras décadas do século XX, e 1939 pode ser considerada a data de sua consagração, tendo como marco o início das discussões que resultaram na fundação da American Psychosomatic Society em 1942.
Alguns profissionais de saúde ainda especulam sobre uma única causa orgânica, ou fazem a distinção entre as doenças psicossomáticas e outras atribuídas a uma multiplicidade de fatores predominantemente orgânicos, sejam de causas genéticas, acidentais, ambientais e, neste caso limitam as manifestações.
A expressão doença psicossomática foi utilizada inicialmente para referir-se apenas a certas doenças como a úlcera péptica, asma brônquica, hipertensão arterial e colite ulcerativa onde as correlações psicofísicas eram muito nítidas posteriormente foi-se percebendo que tal concepção é potencialmente válida para todas as doenças.
Na visão junguiana ou da psicologia integral, todo sintoma é psicossomático e pode ser um meio para que o processo do autoconhecimento aconteca. Entre outras possibilidades de interpretação de conflito postuladas pela corrente psicanalítica, que poderiam ser citadas, incluem-se as dificuldades de dar (expelir) e reter (absorver) explicitadas por Alexander (Alexander e Selesnick). Então, quando você apresenta algum desequilíbrio no seu estado emocional, de sentimentos e pensamentos, independente da origem ou do tipo de trauma ocorrido, e esse acúmulo de fatores interfere causando dores e problemas físicos, muito provavelmente você está sofrendo de uma doença psicossomática.
A mente e o corpo formam um sistema único e muitos mecanismos inconscientes estão presentes nesta ligação.
Não existe regra para a origem desse desenvolvimento, porém, existe uma predisposição pessoal orgânica de como seu corpo e o seu psicológico estão respondendo e reagindo às suas condições de vida e saúde
Em geral, mudanças significativas que passamos em nossa vidas podem ser fatores fundamentais para análise:
Problemas profissionais: seja por excesso de trabalho ou pela falta dele, em situações de desemprego, o lado profissional altera muito o estado psicológico de todos nós. Além disso, a transição de carreira ou insatisfação com o emprego também são fatores comuns nesses casos;
Traumas e eventos marcantes: conflitos familiares e traumas de infância, por exemplo, costumam nos deixar mais angustiados, ansiosos e desmotivados com a vida;
Violência psicológica: abuso e conflitos nos amorosos, bullying na escola e violência doméstica, também são fatores a serem considerados;
Ansiedade e tristeza: muitas pessoas não controlam esses sentimentos e, geralmente, buscam se isolar e deixam de tentar superar esses problemas.
Dentre todos, levantamos alguns de fácil reconhecimento:
Sintomas psicológicos:
Sintomas Físicos:
Doenças:
A da falta de diagnóstico pode levar a:
Praticar o autoconhecimento, reconhecendo as suas fraquezas e as suas fortalezas para se munir de habilidades e tratar problemas; estabelecer inteligência emocional, trabalhando a inteligência emocional te dando mais segurança de compreender como você reage diante das mais diversas situações, sem, necessariamente, as absorver e transformá-las em um grande problema.
Reavaliar sua história, pensando no que seus pais lhe transmitiram muitas informações a vida toda, algumas boas e outras ruins, entendendo que a medida que o tempo passa, mais capaz você fica de absorver o que foi bom e eliminar aquilo que não lhe vale; relacionando a sua doença a algo que aconteceu. Por exemplo, uma dor na garganta pode ser sintoma de algo que você não disse a alguém e que ficou entalado; priorizando cuidar de você, já que é comum cuidarmos mais dos outros do que de nós mesmos. E isso não tem problema desde que você nunca se esqueça de que você merece também toda essa atenção.
Aprendendo a perdoar: perdoe a si mesmo e os outros. Carregar no dia a dia rancor ou mágoa só trarão prejuízos a você.
Busque ajuda de um especialista: entre tantas dicas é normal ainda não encontrarmos as respostas para lidar sozinho.
Essas são dicas simples de ações que podemos fazer para nos blindar de ter uma doença psicossomática.
A cura para qualquer doença está dentro de você e pode ser alcançada por meio da compreensão da sua história de vida.
Um dos caminhos mais eficazes para se proteger das doenças e preencher os vazios emocionais é o desenvolvimento da Inteligência Emocional. Aprenda a cuidar das suas emoções e tenha uma vida equilibrada e saudável.
Um estudo da Organização Mundial da Saúde, realizado em 15 cidades, descobriu que 20% dos pacientes apresentavam pelo menos seis sintomas cujas origens não eram clinicamente explicadas.
Reconhecido em diferentes graus pela medicina, psicologia e metapsicologia (ramo de estudo sem embasamento científico), esse tipo de condição costuma ser tratado com terapia. Mas, por amor a Hipócrates, nunca suponha que sua doença é psicossomática: consulte um médico antes de ir atrás de um metapsicólogo.
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Autor
Redação Soham