Artigos
Na maioria dos casos, não é um sinal de alarme, mas pode ocorrer de maneira grave e precisa ser tratada.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar, a queda gradativa e acentuada de cabelo atinge 50% das mulheres após os 40 anos de vida e 40% dos homens com até 35 anos de idade.
Para conseguir compreender melhor sobre o tema, é preciso conhecer as fases normais dos fios. A primeira fase (anágena) é a de crescimento, quando o cabelo aumenta de comprimento e cresce de maneira saudável. Essa fase dura em média de 2 a 5 anos e é a mais longa.
A segunda fase é a de degradação dos fios, que já não crescem mais e permanecem estáveis no couro cabeludo sem cair. E a terceira fase se caracteriza pela expulsão desses fios, que caem mais acentuadamente. Todas elas são inerentes e comuns de um cabelo saudável.
Segundo especialistas, é totalmente normal perdermos cerca de 100 fios por dia, um volume que tampouco pode ser percebido. Porém, quando a queda ultrapassa essa margem de normalidade e passa a ser perceptível, podemos constatar que, realmente, existe o quadro de alopecia.
Ao apresentar um problema de queda, em que a estrutura do cabelo está fragilizada por algum motivo específico, o fio vai ficando menor, mais fino, menos encorpado e muito mais quebradiço.
Consequentemente, caem com maior frequência e em maior volume, podendo ser notados na superfície de travesseiros, no chão, na escova de cabelo, entre outros locais. Essa condição recebe o nome de eflúvio telógeno.
Mas, afinal, quais são as possíveis causas da queda de cabelo acentuada? Confira em seguida:
Também chamada de alopecia androgenética, a queda por fatores genéticos atinge cerca de 50% dos homens e 40% das mulheres com mais de 50 anos de idade. Apesar disso, quando o fator é hereditário, o processo de queda pode ter início na adolescência.
A queda desse tipo costuma ser mais intensa nos homens, acometendo principalmente a região frontal e a coroa, enquanto nas mulheres atinge mais o centro do couro cabeludo.
Nos dias de hoje é comum que, principalmente as mulheres, invistam em procedimentos químicos para arrumar o cabelo.
Escova progressiva, relaxamento e pinturas em excesso danificam e agridem os fios, aumentando a queda. Além disso, o uso frequente de chapinha, babyliss e secador também danificam os fios.
Dar uma pausa nesses procedimentos ou adotar produtos mais naturais, como é o caso das tintas em henna, por exemplo, pode auxiliar na recuperação e manutenção capilar.
Quando a queda dos fios é temporária, pode estar relacionada a alterações hormonais, decorrentes de períodos de gravidez, de uso de anticoncepcionais, climatério e menopausa.
Quem alimenta-se mal, apenas com alimentos industrializados e apresenta deficiência de ferro no organismo (anemia) pode ter, entre outros problemas, a queda de cabelo.
Por isso, uma alimentação saudável faz toda a diferença para a saúde capilar. Quanto mais balanceadas forem suas refeições, ricas em nutrientes e vitaminas, melhor será a qualidade dos fios.
Alimentos que contenham ferro, vitamina B5, vitamina D, zinco, cálcio e cobre são recomendados para prevenir e atenuar a queda.
A queda excessiva dos fios pode ser um sinal de alguma outra doença sistêmica, como é o caso da doença autoimune Lúpus, por exemplo.
Isso ocorre por conta das lesões cutâneas que costumam aparecer no couro cabeludo ou pelo uso de medicação durante o tratamento da doença.
Além disso, problemas na tireoide também podem afetar os cabelos -tanto o hipertireoidismo como o hipotireoidismo.
Quando os hormônios e o metabolismo são afetados, o corpo prioriza o envio de nutrientes para os órgãos vitais, não sobrando muita coisa para cabelo, unhas e pele. Consequentemente, os fios ficam fracos e caem.
Doenças infecciosas também podem provocar essa condição por conta da debilidade física gerada, como é o caso do HIV, hepatites, sífilis, entre outras.
Alguns tipos de medicamentos podem causar efeitos colaterais, como a alopecia. É o caso dos remédios destinados para o tratamento de câncer, depressão, doenças cardíacas, problemas de artrite, entre outros.
Essas condições psicológicas podem ser determinantes para a ocorrência da queda e, na maioria das vezes, são as causas mais comuns.
Situações que acarretem sobrecarga física e mental, como as cobranças intensas no ambiente de trabalho, na família, perdas de entes queridos, acidentes, descobrimento de doenças físicas, entre outras, podem impactar diretamente na saúde dos fios.
Na maioria das vezes, a alopecia começa a ocorrer cerca de três meses depois do evento de grande tensão e pode se resolver sozinha, assim que a mente se recupera. Porém, quem apresenta um quadro crônico de depressão ou ansiedade pode conviver mais intensamente e por mais tempo com a queda.
Autor
Redação Soham