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Você já deve ter ouvido falar sobre homeopatia alguma vez na vida, mas, você sabe o que é isso? A homeopatia é um sistema medicinal existente há mais de 200 anos, hoje reconhecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como uma prática complementar. Contempla o ser humano como um todo, estimulando mecanismos naturais para prevenir e tratar doenças. Mais do que eliminar patologias, essa terapia busca reequilibrar a energia vital dos indivíduos. Saiba mais neste artigo!
No Portal Soham você já leu sobre a importância e eficácia das terapias complementares na prevenção e tratamento de doenças. Por meio de um olhar holístico, ou seja, do todo, essas terapias tratam o corpo físico, mental e emocional dos indivíduos para proporcionar saúde e qualidade de vida. É o caso da homeopatia, que faz parte do rol de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) do SUS desde 2006, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC).
Segundo pesquisas, cerca de 500 milhões de pessoas no mundo lançam mão da homeopatia como opção terapêutica para diferentes patologias, o que representa em torno de 7% da população mundial. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os medicamentos homeopáticos à venda no Brasil possuem comprovação de eficácia e segurança.
Os remédios homeopáticos são produzidos a partir de extratos vegetais, animais, minerais e sintéticos, baseando- se na diluição em água e álcool. Por isso, não apresentam efeitos colaterais e são integrados aos medicamentos da medicina tradicional no tratamento de diversas doenças.
Diferentemente da alopatia, que é relacionada à medicina tradicional e trata por meio de medicamentos que visam provocar efeitos contrários ao da doença, a homeopatia se baseia na cura pelo semelhante (uma das leis da homeopatia que você já vai conhecer), ou seja, é utilizada uma substância que produz sintomas semelhantes aos de uma doença para tratá-la.
O professor de Medicina da USP, Marcus Zulian Teixeira, afirmou em entrevista à Revista Superinteressante que “a homeopatia dá ao paciente uma doença artificial para tratar uma doença real. É como dar um tapa no organismo e dizer: “Acorda!”. Ou seja, é uma maneira de combater a ameaça usando suas próprias ferramentas de ataque.
Outro princípio desta terapia complementar é a busca pelo equilíbrio da nossa energia vital. Para isso, olha para além do corpo físico, dando atenção à tríade: corpo físico, mente e emoções. Leva em consideração que antes de aparecerem sinais físicos das doenças, os sintomas emocionais e mentais surjam primeiro, anunciando que algo está em desequilíbrio no indivíduo.
De acordo com uma cartilha do Ministério da Saúde, a homeopatia entende que uma pessoa só está saudável quando se encontra em total equilíbrio. Tal conceito vai de encontro à constatação de que saúde não é apenas a ausência de doença. Saúde diz respeito à qualidade de vida do ser humano como um todo, ou seja, o bem-estar holístico da tríade.
Segundo o Ministério da Saúde, o processo de equilíbrio da energia vital buscado pela terapia holística proporciona uma melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar. No tratamento de doenças agudas, essa terapia age recuperando o paciente mais rapidamente e aliviando os sintomas. Já nas doenças crônicas, a melhora pode ser de forma progressiva.
Por conta desse olhar mais voltado ao homem como um todo, a homeopatia é prescrita de forma individualizada. Cada remédio é preparado de acordo com as características de cada indivíduo, como personalidade, necessidades, condições de saúde e histórico em geral. Sendo assim, pessoas com a mesma complicação podem ser tratadas com remédios homeopáticos diferentes.
Apesar dessa individualização, a homeopatia se utiliza de “leis” comuns que permeiam a forma de aplicá-la aos indivíduos. São elas:
Lei do Semelhante
Essa é a base da homeopatia que conhecemos hoje. Ela indica que a melhor forma de tratar o indivíduo é usando substâncias capazes de gerar sintomas semelhantes ao que ele está sentindo.
Um exemplo disso é prescrever um medicamento que causa febre e dores de cabeça para curar uma pessoa que apresente exatamente esses sintomas. Ou seja, o efeito não será oposto, como ocorre na alopatia, mas sim semelhante.
Experimentação no Homem Sadio
Também chamado de experimentação patogenética, esse procedimento adotado pela homeopatia experimenta as substâncias usadas em seus remédios alopáticos em pessoas sadias. O objetivo desse método é identificar os sintomas que irão refletir na ação do medicamento (patogênese).
São usadas diferentes doses e concentrações para um teste mais assertivo dos sintomas físicos, mentais, emocionais e funcionais.
Doses Mínimas
O doutor Samuel Hahnemann, criador da homeopatia, constatou em seus testes que as doses elevadas dos medicamentos homeopáticos agravam os sintomas ao invés de atenuá-los por conta do somatório de sintomas naturais provocados pela doença com os sintomas artificiais provocados pelo medicamento.
Dessa forma, passou a testar usando doses menores, diluindo o medicamento em água e álcool, e realizando agitação para homogeneizar as soluções. Como resultado, houve maior potencial de cura por meio da homeopatia.
Medicamento Único
Essa lei é relacionada a uma das técnicas de Samuel, que constatou a importância de estudar cada medicamento de forma isolada para analisar a patogênese.
Ao analisar uma substância por vez, é possível evitar interferências de outros medicamentos e relacionar os sintomas com os efeitos de forma mais precisa.
Os benefícios do uso da homeopatia são diversos e podem ser conferidos a todas as pessoas. Que tal experimentar? Procure um terapeuta especializado e colha os frutos da homeopatia!
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Autor
Redação Soham