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Apesar de ser uma filosofia de vida em expansão nos dias de hoje, o veganismo ainda gera muitas dúvidas e receios. O que um vegano, realmente, pode comer? Somente folhas, frutas e cereais? Como eles conseguem os nutrientes necessários sem consumir alimentos de origem animal? Essas são algumas perguntas comuns que ouvimos por aí, e nesse artigo vamos respondê-las e falar mais sobre isso. Vem conhecer (direito) o veganismo!
Podemos dizer que o veganismo não é só um tipo de dieta alimentar, mas sim uma filosofia e um estilo de vida. Seu objetivo principal é excluir, ao máximo, todos os tipos de consumo que incluem a exploração e crueldade contra os animais. O não consumo de produtos que utilizam desses meios para se promover, é também uma forma de proteger o meio ambiente.
Para os veganos, ir de frente às indústrias que visam apenas o lucro e não se preocupam com o meio ambiente e com os animais, é uma de suas prioridades. O movimento destaca que os animais são vistos como máquinas nas indústrias, voltados para uma produção constante e incessante para o bem financeiro do homem.
E isso não se aplica apenas à alimentação. Além de não comer carne e nenhum alimento de origem animal, dispensando todos os produtos derivados de animais, o veganismo vai mais além:
Evita-se vestir roupas ou sapatos feitos de partes dos corpos de animais; o consumo de cosméticos e medicamentos testados em animais, não apoia diversões ou rituais que incluem maus tratos ou sacrifícios de animais; e não trabalhar em empresas que não sigam essa premissa de proteção aos animais e ao meio ambiente.
Ou seja, o vegano leva uma vida como qualquer outra pessoa, a diferença é que ele molda suas escolhas em todos os âmbitos baseando-se no cuidado e na preservação dos animais.
O termo veganismo foi criado em 1944, no Reino Unido, pelo grupo The Vegan Society, e veio se expandindo entre os países. Hoje, no Brasil, não temos uma porcentagem exata de quantos brasileiros adotam essa filosofia de vida. Porém, se levarmos em conta a porcentagem mais conservadora (33%), dos 30 milhões de brasileiros vegetarianos, cerca de 7 milhões seriam veganos em nosso país.
Além disso, última pesquisa do IBOPE Inteligência sobre o assunto, de 2018, mostra um crescimento no interesse por produtos veganos: 55% dos entrevistados declara que consumiria mais produtos sem exploração animal se estivessem melhor indicados na embalagem ou preços mais amigáveis nas prateleiras. Ou seja, o interesse por um estilo de vida mais consciente vem crescendo e trazendo mais adeptos ao veganismo.
Os veganos e a alimentação
Um dos maiores tabus em relação ao veganismo é o estilo de alimentação que seus adeptos têm. A maioria dos não praticantes acha que os veganos só comem folhas, frutas e sementes, e que não há outros tipos de alimentos que substituam os nutrientes advindos dos animais. O estereótipo é sempre o mesmo: eles são desnutridos. Outros acham que é muito difícil levar uma vida baseada nessa filosofia por conta dos preparos e da dificuldade em encontrar alimentos veganos para vender.
Basicamente, os veganos comem cereais, frutas, legumes, além de algas e cogumelos. Qualquer produto oriundo da exploração animal não é consumido, como carnes, leite, ovos, mel e seus derivados.
Porém, isso não significa que faltam nutrientes para o nosso organismo. Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, os veganos e vegetarianos também são muito saudáveis – seguindo uma dieta alimentar variada e que inclua substituições adequadas.
Isso porque os aminoácidos essenciais que produzem proteínas dentro do seu corpo também podem ser obtidos por meio dos vegetais, além de todos os demais nutrientes e vitaminas necessárias.
Existe apenas um nutriente que não é possível encontrar na dieta vegana ou vegetariana: a vitamina B12. Porém, a indústria alimentícia produz suplementações sintéticas dessa vitamina, o que complementa a nutrição dos adeptos.
E erra quem afirma que as opções dos veganos são limitadas. Com o crescimento dessa filosofia, o mercado vegano também expandiu. Atualmente, há diversas opções de comidas sem exploração animal no mercado. Elas são bem saborosas e se assemelham muito às opções não veganas, como: hambúrgueres, leite vegetal, linguiças, salsichas, sorvetes, chocolates, salgadinhos, maioneses, queijo, almôndegas, maioneses, enlatados e muito mais.
Adaptar as receitas que você quer fazer também é uma opção. Pode usar proteína de soja e substituir recheios de carne por vegetais, por exemplo. Por isso, afirmamos: tudo é adaptável e o veganismo não é impossível!
E aí, bora praticar?
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Autor
Redação Soham